O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse nesta sexta-feira (19) que não faz parte de sua cultura política “estabelecer qualquer princípio de guerra santa”.
A declaração foi dada a jornalistas após uma reunião com o candidato a vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), no comitê de campanha da chapa, em São Paulo/SP.
“Não quero ficar disputando voto religioso porque acho que não faz parte da minha cultura política estabelecer qualquer princípio de guerra santa numa política”, disse o candidato.
O candidato afirmou ainda que não usará a questão religiosa durante a campanha no primeiro turno e que quando uma pessoa vai à igreja, não vai para discutir política.
“Eu nunca utilizei religião na minha campanha. Acho que quando um ser humano, homem ou mulher, vai à igreja, ele vai tratar da sua fé, vai tratar das suas dignidades, sabe, ele não vai lá para discutir política. Eu não participarei disso”, afirmou.
Lula disse ainda que não tem restrições a religiões de brasileiros e que quer conversar “com os eleitores brasileiros enquanto cidadãos brasileiros”.
“Quero conversar com os eleitores brasileiros enquanto cidadãos brasileiros. A mim, não importa se ele seja evangélico, católico, seja da religião islâmica, judaica, se ele seja da matriz religiosa africana, sabe, não importa”, disse Lula.
Apesar das declarações de Lula, ele e seu rival Jair Bolsonaro, mais bem colocados nas pesquisas eleitorais, vêm disputando o voto dos evangélicos.
Em seu primeiro ato de campanha, no ABC Paulista, na última terça (16), Lula acenou para evangélicos e disse que Bolsonaro é possuído pelo demônio. Na noite desta quinta (18), em Belo Horizonte/MG, o ex-presidente acenou novamente a cristãos ao dizer que a Bíblia “tem que ser cumprida”.