O vereador de Montadas Ronaldo de Oliveira (PSDB), conhecido como Naldo, teve mandato cassado pela Câmara de vereadores por 6 votos a 2, durante Sessão Ordinária realizada na noite de ontem (19), por alegação de infidelidade partidária e quebra de decoro parlamentar.

Os votos foram de forma secreta, porém, vereadores da base do prefeito deixaram claro a decisão ainda nas colocações, antes da votação.

O parlamentar qualificou a manobra como uma “verdadeira perseguição política”.

O vereador rompeu recentemente com o prefeito Jonas de Sousa (PSD) e diz acreditar que esse seria o verdadeiro motivo de sua cassação, uma vez que segundo ele, não cometeu nenhum ato ilícito, especialmente que pudesse levar a uma cassação.

“Querem tomar o meu mandato sem eu ter praticado nada fora da lei. Estão recebendo ordens do chefe deles e passando por cima da lei”, afirmou Naldo.

Segundo a defesa, não existem motivos para a cassação, uma vez que não houve vantagem ilícita.

O presidente da Câmara, Yuri Verissimo (PSDB), finalizou a sessão comunicando que o decreto de cassação será publicado no Diário Oficial. Desta forma, o suplente de vereador Michel, que é aliado do prefeito Jonas, tomará posse nesta terça-feira (20).

ENTENDA O CASO

Na última quarta-feira, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal de Montadas, por maioria, emitiu parecer favorável a cassação do mandato do vereador por quebra de decoro parlamentar.

Segundo a denuncia, Naldo teria recebido o valor de R$ 25 mil de forma ilícita para fazer campanha para a candidata a deputada Federal Tatiana Medeiros (Republicanos).

O vereador destacou que é ficha limpa e reafirmou que o episódio não passa de perseguição política, após seu rompimento. Ele ainda frisou que não cometeu nenhuma irregularidade e seguiu a legalidade. “Eu fiz tudo dentro da lei. Tudo legalizado”.

Naldo, que também é acusado de infidelidade partidária, ressaltou que os aliados do prefeito na Câmara seguem os direcionamentos do mesmo e não há motivos para essa alegação. “Não decorreu nenhum processo na justiça eleitoral para me julgar”.

Ronaldo questionou ainda o comportamento do atual presidente da Câmara de Montadas, o vereador Yuri Verissimo (PSDB). De acordo com ele, o chefe do legislativo passou praticamente dois anos e não fez “nenhuma reforma no prédio, não fez nenhum benefício. Mas, faltando dois meses para ele sair colocou um código de ética para me julgar”, acrescentou.

O vereador também questionou a moralidade do atual presidente do Conselho de Ética, o vereador Marcos Justino (PSD). “Está com um processo na justiça respondendo pela lei Maria da Penha. Esse que se diz dentro da ética para julgar os outros. O processo dele é extenso, no que se refere a porte de arma, resistência à prisão e agressão a mulher”, detonou.

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