Mais de um milhão de pessoas vivem com HIV no Brasil. De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, somente em 2022 houve o registro de mais de 16,7 mil casos da infecção.
Os sintomas iniciais mais comuns são febre constante, manchas na pele, calafrios, dor de cabeça, dor de garganta, dores musculares e ínguas no pescoço, axilas ou virilhas. Quando não há tratamento, o HIV compromete o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças.
Em muitos casos, os sintomas iniciais são leves e podem ser percebidos como um mal-estar momentâneo ou resfriado passageiro. Quando a manifestação é mais intensa, os sinais podem ser confundidos com os de algumas viroses, mas isso varia de acordo com a resposta imunológica de cada indivíduo.
Diferentemente do HIV, a síndrome da imunodeficiência adquirida, conhecida como Aids, causada pelo vírus, leva à perda progressiva da imunidade. Quanto mais avançada a doença, mais fragilizado fica o organismo, que se torna incapaz de defender contra as infecções chamadas oportunistas, que podem ser candidíases, pneumonia, toxoplasmose, meningite, tuberculose entre outras. Com a falta de tratamento, o paciente pode atingir o estágio mais avançado da doença.
No Brasil, a maior concentração de casos de Aids está entre os jovens, de 25 a 39 anos, com distribuição similar, sendo 52,4% no sexo masculino e 48,4% no sexo feminino.
O Ministério da Saúde esclarece que quem vive com HIV não evolui necessariamente para o quadro de Aids. Há pessoas que podem viver anos com o vírus no organismo sem apresentar sintomas e manifestações da doença. Além disso, o tratamento antirretroviral, que impede o processo de replicação viral no organismo humano, permite que as pessoas que vivem com HIV levem uma vida normal, com condição de saúde semelhante à de pessoas que não vivem com o vírus.
A testagem, o tratamento precoce e o acompanhamento médico periódico são estratégias fundamentais para controle e prevenção da evolução da doença.
O uso de camisinha é o método mais conhecido e acessível para a prevenção da infecção pelo HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como sífilis, gonorreia e até alguns tipos de hepatites.
O preservativo externo é feito de látex e deve ser colocado no pênis ereto antes da penetração. O preservativo interno, que é feita de látex ou borracha nitrílica, é usado internamente na vagina, podendo ser colocado algumas horas antes da relação sexual. Os dois tipos de preservativo são distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Para pessoas que podem ter sido expostas ao vírus, existe uma medida de prevenção de urgência, a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), que consiste no uso de medicamentos profiláticos.
A medicação deve ser iniciada o mais rápido possível, de preferência nas primeiras duas horas após a exposição e, no máximo, em até 72 horas. A duração da PEP é de 28 dias e a pessoa deve ser acompanhada por uma equipe de saúde.
Fonte: CNN Brasil