A executiva e presidente do Instituto XP, Gabriela Torquato, foi obrigada a tirar a prótese de perna durante o raio-x para poder embarcar no Aeroporto de Campina Grande, Agreste da Paraíba. Nas redes sociais, a mulher compartilhou que essa foi a primeira vez que foi obrigada a tirar a prótese – constatada em simples observação visual – em um aeroporto do Brasil.
“Sozinha, em uma sala sem nenhuma das minhas coisas, sem câmeras, preciso tirar a prótese. A cena bizarra da mulher saindo com a prótese na mão sem nem saber como segurar. Outra passando a mão no meu toco e na virilha”, descreveu.
“Ainda ouvi um ‘eu entendo que possa ser constrangedor, mas é o procedimento, precisamos fazer’. Não, você não entende! É justamente por não entender o que é minha deficiência e como funciona minha prótese, e minha vida, que isso acontece”, relatou ela.
Durante o procedimento, a prótese de Gabriela – que fica em contato direto com o corpo dela – passou pela esteira do raio-x, sem nenhuma proteção ou higienização. “Despreparo”, resumiu a executiva.
A Aena, empresa que administra o Aeroporto de Campina Grande, enviou uma nota pedindo desculpas a Gabriela Torquato. “Embora a inspeção tenha acusado a presença de metal no corpo da passageira, a profissional presente no momento poderia ter solicitado a liberação do embarque à Polícia Federal”, diz o comunicado.
