A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) disse à CNN nesta terça-feira (3) que está nos Estados Unidos, mas que, de lá, deve ir à Itália, já que possui cidadania italiana.
Ao ser questionada sobre a possibilidade de uma prisão preventiva, a parlamentar afirmou que não há nada que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), possa fazer para extraditá-la.
“Tenho cidadania italiana e nunca escondi, se tivesse alguma intenção de fugir eu teria escondido esse passaporte. (…) Como cidadã italiana eu sou intocável na Itália, não há o que ele possa fazer para me extraditar de um país onde eu sou cidadã, então eu estou muito tranquila quanto a isso”, afirmou.
O anúncio de que Carla deixou o Brasil foi feito nesta manhã. Em nota, o advogado Daniel Bialsky afirmou que foi “apenas comunicado pela deputada que estaria fora do país para dar continuidade a um tratamento de saúde” e que a decisão de deixar a defesa foi “por motivo de foro íntimo”.
Zambelli disse estar tranquila com relação às suas decisões, mas que não pode “implicar terceiros” por elas.
“Eu acho que, se eu estou fazendo as coisas de próprio pensamento, e tranquila em relação a isso (…) Eu vim aqui para buscar tratamento como já tinha feito diversas vezes, só que dessa vez não vou voltar mais para o Brasil, eu acho que eu não posso implicar terceiras pessoas”, completou.
A parlamentar foi condenada a dez anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal. A decisão diz respeito à invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserção de documentos falsos, que a deputada teria cometido em 2023, junto ao hacker Walter Delgatti.
Além da pena, Zambelli e Delgatti também deverão pagar, juntos, uma indenização de R$ 2 milhões. A defesa chegou a entrar com embargos de declaração contra a decisão, alegando não ter tido acesso total às provas; o recurso, porém, não altera a condenação, apenas adia o trânsito em julgado do processo.
Fonte: CNN Brasil