Em conversa com apoiadores na manhã desta quarta-feira (08), o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que “jamais” vai exigir comprovante de imunização contra a Covid-19, apelidado de passaporte da vacina.
No cercadinho do Palácio da Alvorada, uma apoiadora reclamou de exigência de atestado de vacinação imposta pelo governador do Pará, Helder Barbalho (MDB). Segundo decreto estadual, o documento deverá ser apresentado para entrar em bares, restaurantes, cinemas, teatros, equipamentos turísticos, igrejas e outros locais. Há possibilidade de multa para quem descumprir a norma. O mandatário emedebista defendeu que a medida é uma forma de incentivo à imunização.
Sobre a determinação, Bolsonaro considerou que os governadores foram autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a adotar medidas como essa. No início da pandemia, a Corte reconheceu a autonomia dos Executivos estaduais e municipais para estabelecer medidas que contenham a disseminação do vírus.
“O Supremo deu poderes para governadores e prefeitos, né? Eu falo da minha linha: eu não fechei nenhum botequim. E jamais vou exigir o passaporte de vacina de vocês. Imaginem se tivesse o Haddad no meu lugar. Agora, não queiram que a gente resolva todos esses problemas. Eles tão com autoridade para tal, tá certo?”, disse o titular do Planalto.
Na terça-feira (07), Bolsonaro, que é crítico assíduo da exigência de comprovação da vacinação, comparou a medida a uma “coleira”.
Apto a se vacinar, o mandatário brasileiro alega que não irá fazê-lo, sob o argumento de que o fato de já ter sido infectado pelo vírus, no ano passado, contribui para a sua imunização. Especialistas refutam o entendimento do presidente.
O governo federal anunciou que exigirá quarentena de cinco dias de estrangeiros que não apresentarem o comprovante de vacinação contra Covid-19 ao desembarcar no Brasil.
Com Portal Mídia