Foto: Marcos Serra Lima/g1

O ex-candidato do PTB à Presidência da República, Kelmon Luís Souza, ou Padre Kelmon, como se apresenta, foi desligado da Igreja Ortodoxa do Peru no Brasil.

A informação foi divulgada, em nota da instituição publicada nas redes sociais, na sexta-feira (16) e assinada pelo arcebispo metropolitano no Peru e autoridade máxima da Igreja Católica Apostólica Ortodoxa do Peru, Mor Francisco Ángel Ernesto Móran Vidal, e o Mons. Miguel Phellype Thiago Martins, vigário episcopal no Brasil.

“Decidimos cancelar a Provisão 0025/21 conferida ao Pe. Kelmon Luis da Silva. Também informamos que decidimos desencardinar (sic) do clero o Pe. Kelmon Luis da Silva e também o Pe. Lucas Soares Chagas. Dessa forma, os mesmos ficam proibidos de ministrar os sacramentos e de falar em nome da Igreja Ortodoxa do Peru-Tradição canônica Síro Ortodoxa Malankara Indiana”, disse a nota da igreja.

Nesta segunda-feira, o Padre Kelmon publicou um comunicado oficial nas redes sociais. No texto, ele conta que pediu a “excardinação”, ato de liberação de padres ou diáconos.

Confira a nota na íntegra:

“Após deliberação entre o Padre Kelmon, eu (João Damasceno) e Padre Nildo (Pedro), decidimos pedir EXCARDINAÇÃO da Igreja Ortodoxa do Perú no Brasil. É importante salientar que não fomos desligados por decisão dos clérigos da referida igreja, mas nós que o pedimos e assim foi concedida, somos pois muito gratos pelo tempo que passamos na Igreja do Perú e desejamos bençãos celestiais para todos as suas autoridades eclesiásticas.

Decidimos pedir INCARDINAÇÃO na Igreja Ortodoxa Grega da América e Exterior, o que foi aprovado pelo seu Santo Sínodo. O Padre Kelmon está pois apto para celebrar os Santos Sacramentos e foi ELEITO BISPO para as missões no Brasil, dentro em breve ocorrerá sua Sagração”.

Padre Kelmon se tornou um dos temas mais comentados nas redes sociais durante e após o debate de presidenciáveis na TV Globo, na noite do dia 29 de setembro.

Natural de Acajutiba, cidade que fica a cerca de 185 km de Salvador, Kelmon tem 46 anos. Apesar de ter se apresentado como padre e integrante da Igreja Ortodoxa, a representação eclesial no Brasil não reconheceu a ordenação de Kelmon.

Kelmon entrou na disputa ao Planalto após a impugnação da candidatura do presidente nacional do PTB, o ex-deputado federal Roberto Jefferson. Ele foi o sétimo mais votado com 81.129 votos (0,07%).

Antes, Kelmon havia sido apresentado pela legenda como candidato a vice na chapa à Presidência.

Para os materiais de campanha e aparições públicas em agendas e debates, o partido e o padre ortodoxo optaram pelas vestes de sacerdote. Na foto que apareceu nas urnas, ele usou batina, touca e crucifixo.

Fonte: G1

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