Uma turista de 26 anos morreu e outras seis pessoas ficaram feridas depois que parte do teto da Igreja de São Francisco de Assis, conhecida como “igreja de ouro”, desabou na tarde desta quarta-feira (5), no Centro Histórico de Salvador. A informação foi confirmada pelo Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBM-BA).
A turista foi identificada como Giulia Panchoni Righetto, natural de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, segundo a delegada titular da Delegacia de Proteção ao Turista (Deltur), Camila Albuquerque. A jovem estava com o namorado e um casal de amigos. Os homens não se feriram, pois estavam um espaço mais afastado. A amiga da turista sofreu um corte na testa e foi levada para o hospital.
O acidente ocorreu por volta das 14h30, no templo da Ordem Primeira de São Francisco, que fica no Largo do Cruzeiro de São Francisco. Imagens feitas por testemunhas mostram os estragos logo após o desabamento. O espaço onde os fiéis ficavam durante as missas foi coberto por destroços, principalmente a madeira que cobria o telhado.
“Todo o espaço central da igreja cedeu. Possivelmente, alguma parte dessa cobertura se rompeu e, com o peso desse espaço superior do teto, a madeira veio abaixo com o sobrepeso”, afirmou Sósthenes Macedo, coordenador da Defesa Civil de Salvador.
Outras seis pessoas ficaram feridas no desabamento. Uma foi atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e as outras cinco pelos bombeiros. Todas tiveram ferimentos leves, mas os nomes não foram divulgados.
O corpo de Giulia foi retirado por volta das 16h50 por profissionais do Departamento de Polícia Técnica (DPT), e foi encaminhado para necropsia no Instituto Médico Legal da capital baiana.
A área foi isolada por policiais militares logo após o ocorrido e a igreja foi interditada pela Defesa Civil. O local vai passar por perícia e o caso será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Considerada uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no mundo, a igreja já enfrentava problemas estruturais há anos.
Com interior revestido em ouro, o templo fundado no início do século 18 foi tombado como patrimônio material do Brasil, porém, o reconhecimento do governo federal, que deveria garantir a proteção ao espaço, não impediu a construção de atingir uma situação degradante.
Fonte: G1/BA