O Brasil está testemunhando um declínio acentuado na quantidade de jumentos, o que pode levar esses animais, integrantes históricos da vida cultural e econômica do campo brasileiro, à extinção. Levantamentos do Ministério da Agricultura, da FAO e do IBGE indicam uma redução drástica: de 1,37 milhão em 1999 para meros 78 mil em 2025. Essa queda representa um declínio surpreendente de 94% em três décadas.

A principal razão para essa diminuição populacional é o comércio de peles de jumento para exportação, especialmente para o mercado chinês. Essas peles são usadas na fabricação de ejiao, um suplemento de colágeno animal bastante procurado.

Entre 2018 e 2024, aproximadamente 248 mil jumentos foram abatidos, com a Bahia sendo o estado mais impactado. Os únicos três abatedouros de jumentos com permissão federal estão localizados na Bahia, o que gera grande apreensão entre grupos de proteção animal, pesquisadores e organizações não governamentais.

Em resposta a essa situação, autoridades estão agindo: há dois projetos de lei em andamento para proibir o abate de jumentos no Brasil. Em nível federal, o PL 2.387/2022 aguarda votação no Congresso Nacional; na Bahia, o PL 24.465/2022 está pendente de análise na Assembleia Legislativa.

Conforme alertam os ambientalistas, se o abate continuar, a espécie de jumento no Brasil pode enfrentar uma extinção funcional. Isso significa que a população seria tão pequena que não conseguiria mais se reestabelecer por conta própria.

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