A política em Campina Grande está precisando passar por um choque de civilidade, equilíbrio e republicanismo. As cenas registradas na noite de ontem (31), no plenário da Câmara de Vereadores, se constituem no resumo tosco de uma barbárie que já deveria há muito ter sido extirpada de nossa realidade.
O fato é que aquele teatro só interessa aos que tiram proveito desse microcosmo de um “pudê” que tenta se mostrar elegante nos discursos, mas pobre, vil e tacanho nas atitudes. Transformar um plenário numa praça de guerra pode até dar orgulho a algumas almas abjetas, mas é uma lástima enquanto amadurecimento democrático.
Que ninguém duvide: a cidade está a acompanhar esse processo e, silente, avalia cada um dos representantes na Casa do Povo nos momentos mais importantes dessa nossa história que se constrói a cada minuto. Lógico que ainda há os que fazem uma necessária oposição de ideias, mas o que lamentavelmente vem prevalecendo é a cultura de um pequeno grupo de opositores que procura ganhar no grito, na covarde violência até física contra mulheres e na falta de limites para impor seus interesses.
A urna e a história não perdoam. E haverão de cobrar, inevitavelmente, a conta dos que faltam com a cidade por priorizar seus interesses mais mesquinhos, imediatos e rasos, relegando à vala da indiferença o direito à cidadania, bem-estar coletivo, qualidade de vida e esperança de pessoas de toda a região de Campina Grande.
Para os continuam a ver o povo como “um mero detalhe”, um recado: Campina não perdoa os covardes pusilânimes e descomprometidos com seu bem maior.
Marcos Alfredo, jornalista e coordenador de Comunicação da Prefeitura de Campina Grande