Por: Beatriz Virgínia

A Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) identificou que a mancha escura, com forte odor e aparecida nas praias da Região Metropolitana de João Pessoa em 17 de março, contém características típicas de mangue, mas também apresenta a presença de coliformes fecais, indicativo de contaminação por esgoto. O fenômeno ocorreu próximo à foz do Rio Jaguaribe, na praia do Bessa, entre João Pessoa e Cabedelo, onde a água acumulada apresenta tonalidade escura e exala um cheiro forte, comum nos manguezais devido à decomposição de resíduos vegetais. Embora a Sudema tenha encontrado características naturais do bioma, os testes também indicaram a presença de bactérias associadas ao esgoto doméstico.

A Sudema explicou que o fenômeno, conhecido como “língua negra”, ocorre quando a água acumulada do Rio Morto, que recebe águas pluviais e de drenagem urbana, é liberada no oceano após chuvas intensas. Esse processo provoca o acúmulo de matéria orgânica, que se degrada e libera gases como o sulfeto de hidrogênio, responsável pelo odor forte. Porém além dessas características naturais, os testes também apontaram a presença de colônias de coliformes fecais, bactérias associadas ao esgoto doméstico que existem por conta da presença de urbanização desordenada que despejam dejetos diretamente nas águas do rio. A Sudema orientou os banhistas a evitarem o contato com a água na área de até 100 metros ao redor do ponto de vazamento. A fiscalização no local, realizada pelas secretarias de Meio Ambiente de Cabedelo e João Pessoa, segue em andamento, com novas amostras sendo coletadas para monitoramento da qualidade da água.

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